segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Preservação da Biodiversidade: Respeito a vida

” Quando o homem aprender a respeitar até o menor ser da criação, seja animal ou vegetal, ninguém precisará ensiná-lo a amar seus semelhantes", assim disse o filósofo Albert Schweitzer em sua "Ética do Respeito a Vida", pensamentos como esse evitariam a perda da Biodiversidade,contribuindo para a preservação da flora e da fauna, pois atualmente a sociedade deveria ser premiada com o troféu motosserra de ouro.
A extinção de uma única espécie pode acarretar diversos problemas para a cadeia alimentar,ou seja, o ciclo natural dos seres vivos,pois quando uma espécie é afetada todas sofrem consequências.O exemplo que comprova isto são os oceanos que estão cada vez mais absorvendo da atmosfera o gás carbônico,isso aumenta a acidez no mar, e coloca em risco a vida dos corais,prejudicando a proteção da costa dos maremotos e sua função de abrigar aproximadamente um terço das espécies marinhas.
O mesmo se aplica à reciclagem,sabe-se que é necessário reciclar,mas muitas vezes não existem postos de coletas, ou simplesmente não são divulgados nos bairros e nas cidades.Assim,o lixo é depositado no meio ambiente e polui o solo e os oceanos.
Um dos principais problemas da sociedade é a desvalorização para com a natureza,as atitudes práticas de preservação ambientais ficam somente na teoria e não acontecem.Se todos olhassem para uma árvore com o amor que um biológo sente,o mundo seria perfeito,pois quando o ser humano "amar seus semelhantes",conseguirá guardar o mundo para o futuro e não só para si,já que não existem soluções,o problema ambiental não pode ser revertido e sim amenizado.Cabe ao mundo atual a responsabilidade de preservar um planeta sustentável e consciente para gerações futuras poderem desfrutar do mesmo.
Autoras:
Aléxia Roche e Karla J.

domingo, 2 de agosto de 2009

A música dos rótulos!

Antes das férias recebi uma peça de Johann Sebastian Bach(1685-1750),"Adagio"(Fragmento do II Movimento do Conserto para Cravo)que me chamou atenção,além da beleza da peça feita para cravo e trascrita para o violão pelo Professor Edson Lopes,algo depertou minha curiosidade: eu já ouvira essa música antes,mas de onde?

Foi onde pesquisei e descobri que a peça de Bach teria sido tema de um certo casal em uma novela,o engraçado é que as pessoas ouviam o tempo todo uma música barroca de Bach e nem mesmo sabiam. A peça foi "regravada" com letra por Caetano Veloso e Flávio Venturini,"Céu de Santo Amaro",depois também descobri que outro cantor também já havia gravado com letra,mas em outro idioma,no inglês,Tony Stevens,o Jessé,denominada "If you could remember".

Para os que se dizem "conhedores" da boa música e músicos, essa versão da peça de Bach é uma vulgarização da música erudita,ainda mais se colocada em um reles tema de novela.
Ouvi um professor de violão erudito,chamar atenção de um aluno porque tinha feito uma adaptação da "9ª Sinfonia de Bethoven" em bossa nova,música popular brasileira.Isso me lembrou um certo depoimento da cantora Ana Carolina sobre seus ouvintes e sua música.Nele,ela comenta que sua música era alternativa,ou seja,era limitada por um grupo de pessoas que só escuta "boa música".Quando pela primeira vez sua música fez parte de um tema de novela e logo tomou conta das rádios obviamente os fãns fizeram críticas pela "popularização" da música da cantora.Infelizmente o mesmo acontece com a música erudita,evitando que as pessoas tenham acesso a ela e ao mesmo tempo a desvalorização de nossos músicos,que fazem músicas que não são "da parada de sucesso".
A contradição está em criticar a falta de valorização dos bons músicos e do incentivo da cultura musical brasileira,mas limitar a música de qualidade para poucos afim de não populariza-la,como se fosse vulgarizar a arte musical.
Infelizmente tratam a música como se tivesse rótulos para destinatários certos,enquanto isso compositores brasileiros,como Villa Lobos, Ernesto Nazareth, Domingos Semenzato,Pixinguinha,Cartola,Tom Jobim permanecem desconhecidos pela maioria, e músicos banais, com músicas sem letra e melodia decentes vendendo milhões de CDS e DVDs.

Para concluir um trecho do artigo do antrópologo Rafael José de Menezes Bastos, sobre a influência da música popular brasileira no Brasil na década de 30 até o Governo Vargas e sua origem de como se difundiu com a música erudita.

"Tipicamente, o que ela faz é vê-la como resultado de processos evolutivos, culturativos e de difusão que têm as músicas folclórica e erudita como matérias primas, transformadas num produto cuja essência é a secularização, a dissolução e a comercialização. Assim, a música popular é vista como uma dupla degeneração: da folclórica, devido à perda de sua propalada autenticidade; da erudita, como conseqüência da falência de sua atribuída sofisticação. Tal ideologia – similar àquela investigada por Middleton (1990) e Hamm (1995) para o caso anglo-saxão –, da mesma maneira que aquela que desenha a fábula em sua variante musicográfica,consolidou-se na musicografia brasileira também nos anos 1930,com base no clássico de Mário de Andrade, A Música e a Canção Populares no Brasil (1962: 153- 188 [1936]). Neste, o uso do pejorativo “popularesca” (: 167) para referir-se à música popular é um sintoma do peso de seu julgamento sobre ela, o que também teve impactos fundos na educação e cultura brasileiras. Apesar de tanta desqualificação, o mínimo que se pode dizer da música popular brasileira é que ela, desde as origens mais antigas, é uma arena absolutamente privilegiada de discussão dos problemas do Brasil. O estado e os governos, como os costumes - envolvendo questões de classe e estilos de vida, étnicas e raciais, de gênero e familiares –, são alguns de seus assuntos preferidos (Menezes Bastos 1996a). Essa inclinação mostrou-se particularmente evidente durante alguns períodos críticos da história do Brasil – como, no século XX, a era Vargas (1930-1945) e o regime militar (1964-1985) -, quando a sociedade se dividiu em posições muitas vezes inconciliáveis. A música popular brasileira tem sido, então, desde sua incepção – anterior à própria Independência 3 -, um universo dialógico crucial no interior do qual a sociedade conversa, negociando armistícios e os destinos do Brasil".

As músicas comentadas no ínicio:

Original: http://www.youtube.com/watch?v=LZS95kso9Yw

Céu de Santo Amaro,Flávio Venturini e Caetano Veloso(letra maravilhosa)

http://www.youtube.com/watch?v=AyQdpN3poO0

Tony Stevens,o Jessé-"If you could remember"

http://www.youtube.com/watch?v=8liNR8T1IJY

Referências Bibliográficas: As Contribuições da Música Popular Brasileira às Músicas Populares do Mundo: Diálogos Transatlânticos Brasil/Europa/África (Primeira Parte) Rafael José de Menezes Bastos