quarta-feira, 21 de outubro de 2009

Paradoxos contemporâneos com relação ao ser feminino

É evidente que a mulher já conquistou alguns direitos frente a sociedade,direitos esses que já deviam ter sido concedidos a muitos anos atrás,já que os manifestos feministas existem desde o Iluminismo com a pensadora Mary Wortey Montagu (defensora da educação feminista) criticava e expressava indignação diante a uma sociedade preconceituosa em gênero. Apesar da mulher representar aproximadamente mais da metade da população mundial(UNESCO),sua participação política ainda é insignificante, ocupando apenas 20% dos cargos públicos.Este estado de diferença se dá em razão da grande desigualdade de vivermos em uma sociedade machista,que possui valores fundamentados em cultura, leis, e até mesmo em escrituras religiosas contendo ideologias ultrapassadas. Praticamente quase tudo foi transformado e modernizado: meios de comunicação, moradias, moda e estética, formas de governo e economias, dentre muitas outras coisas a favor da humanidade, menos os velhos padrões de submissão dos aspectos de vida femininos,tanto físicos como morais, a mulher é objeto e não sujeito da história. Essa raiz de indiferença bloqueia não o avanço da mulher como da civilização, pois não podemos esquecer que mesmo tendo diferenças, somos todos seres humanos, analisando por esse paradigma,esse tipo de pensamento retarda o desenvolvimento de um mundo que pode vir a se tornar justo e digno para ambos os gêneros e todos os seres. Evidência desse retardo é o pensamento de platônico, que é bem mais fundamentado que o atual,mesmo se adequando aos conhecimentos limitados da época antiga, que compensava em seu pensamento de uma sociedade como um todo,dentro de um regime democrático.Platão acreditava que as diferenças entre homens e mulheres são apenas acidentais(como o fato da mulher dar a luz e o homem procriar), portanto ambos podem ocupar-se das mesmas funções, tendo os dois capacidades iguais com diferenças anatômicas. Em “A República”, Platão reitera palas palavras de Sócrates: ”Não penses que o que eu disse cabe mais aos homens que às mulheres, a quantas delas por natureza forem competentes”, ao caracterizar como devia ser a educação do governante da cidade(Livro VII,A República).O pensamento de Platão expressa o contrário do que a sociedade grega, que nem ao menos considerava as mulheres cidadãs. O intrigante e decepcionante é que muitos anos se passaram e a desigualdade ainda existe no pensamento contemporâneo, em pleno século XXI, em que se esperava uma nova evolução, realmente podemos refletir sobre tudo isso e o por quê da decadência do caráter social.A própria mulher vive em um mar de futilidade,deixando de submeter-se a obedecer às ordens masculinas e a “escravidão” do lar e a família,para obedecer ao idealismo capitalista da mídia. A mulher moderna trabalha fora, é independente e livre, todavia é escrava da cirurgia plástica, botox,de um corpo magro e esbelto, de uma pele macia e jovem e a necessidade de provar que realmente pode ser comparar a competência masculina.Qual será o próximo plano para manter a desigualdade e manipulação?

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